terça-feira, 11 de outubro de 2011

Edimburgo: whisky, fantasmas e catacumbas

Eu não sabia muita coisa sobre Edimburgo (ou Edinbráh, como falam por aqui), só sabia que era por perto e que, portanto, eu deveria aproveitar a oportunidade de dar um pulinho até ali. E meu “pulinho” foi de sábado à segunda-feira.
Confesso que esperava um pouco mais da cidade. Não sei, as vezes devo ter sido mal informada sobre os programas. Cheguei em uma manhã chuvosa e fria, fui direto ao centro de informações turísticas e a atendente parecia meio perdida. Não sei se era seu primeiro dia, se ela fora transferida, se brigou com o namorado ou se tava de ressaca. O fato é que a moçoila não sabia me falar da programação da cidade – porque se for pra ver apenas pontos turísticos e monumentos, basta olhar no guia.


Depois de quase uma hora tentando arrancar alguma boa sugestão de passeio, desisti. Peguei minha mochila e rumei para o hotel. Reservei antecipadamente pela internet nesse site aqui e deu tudo certo! O Royal Ettrick Hotel fica um pouco afastado do centro da cidade, o que é a coisa mais chata de lá, e é um pouco difícil de pegar ônibus nas redondezas – então a conta da viagem aumentou por conta das andanças de táxi até o centro. Tirando isso, o local é uma fofura. O casarão é do século 19 e era casa de um embaixador. Logo após a segunda Guerra Mundial foi transformado em hotel e continua assim até hoje. Os quartos são pequenos, mas muito quentinhos, aconchegantes e limpos, ótimos para uma noite de sono depois das batidas de perna. A diária inclui um café da manhã tradicional (ou seja, torradas, bacon, ovos, cogumelos, feijão... bem light, diga-se de passagem).  Muita madeira escura, móveis pesados, luminárias com luz amarelada, além de um bar imenso com várias cervejas fazem parte da decoração. Super recomendo se você estiver passando por lá e quer um lugar gostoso sem gastar muito (paguei 80 libras pelas duas diárias). 
Aconchegante, barato e quentinho. Vale à pena passar por lá em Edimburgo

Lendo um dos milhares de folhetos turísticos que arrumei, descobri um passeio pelas catacumbas que ficam embaixo do centro histórico da cidade. Não sabia nada sobre isso, mas o panfleto fala em história ( com H mesmo), fantasmas, torturas, mendigos, bruxaria. O tema perfeito para um rolé inesquecível. E lá fui eu. O fato é que não era permitido tirar fotos lá embaixo (tem que fazer mistério, né gente?... E Fazer a galera pagar o ingresso). Mas valeu à pena. Foi uma hora andando em um lugar úmido, sem ventilação e escuro mas repleto de histórias reais (e é essa capacidade que parece que as “otoridades” por aqui têm, de transformar tudo em turismo e memória, que me empolga, espanta e encanta) que envolviam assassinatos para venda de corpos para a Faculdade de Medicina de Edimburgo durante o século 19, além da existência de ourives, ferragistas e famílias inteiras morando, comprando e vendendo embaixo da terra. O local está muito bem conservado, assim como todos os objetos encontrados por lá – que variam entre sapatos, brinquedos, utensílios de cozinha e trabalho e até uma boneca feita com a sola de uma bota e meia velha.
Bom, reza a lenda que até hoje é possível escutar pessoas conversando e barulhos meio estranhos nos prédios que estão bem em cima do local. Essa, contudo, era outro passeio que eu não quis ter a experiência.  De maneira geral o que me espantou foi a verdadeira crença que eles tem em coisas exotéricas e bruxaria. São dezenas de lojas com artigos do tipo, que vendem poções do amor, livros de magia, pinturas célticas. Estas últimas, inclusive, estão por toda a parte, em todas as paredes, como pingentes de brincos, colares, pulseiras, bordadas em roupas, entalhadas na madeira e fundidas em metal.
Mais tarde, em uma lojinha de whiskys (sim, porque ir à Escócia sem este souvenir original é até pecado) encontrei duas brasileiras descobrindo o velho continente. Conversa vai, conversa vem, trocamos telefones e marcamos de sair à noite. Primeira parada: um bar chiquérrimo e lindo na parte nova da cidade. Mas isso já é conversa para amanhã.

4 comentários:

  1. Demais!!!!!!! Mistério, fantasmas bruxarias.... prefiro passar longe desssas catacumbas..
    bj mana

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  2. ehehehe essa região se não me engano é o berço da Wicca, por isso essa influência ^^

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  3. Maicon, bom saber disso...realmente há várias referências ligadas à bruxaria em todos os lugares por lá, não apenas na venda de artigos do tipo, mas nos próprios prédios, na arquitetura do local com a inclusão de vários símbolos (como pentagrama) na fachada dos prédios e tudo mais... =)

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  4. Baby, eu também não quero chegar mais perto de lá.... uma vez já tá bom! rsrsrs bjs

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