Eu não sabia muita coisa sobre Edimburgo (ou Edinbráh, como falam por aqui), só sabia que era por perto e que, portanto, eu deveria aproveitar a oportunidade de dar um pulinho até ali. E meu “pulinho” foi de sábado à segunda-feira.
Confesso que esperava um pouco mais da cidade. Não sei, as vezes devo ter sido mal informada sobre os programas. Cheguei em uma manhã chuvosa e fria, fui direto ao centro de informações turísticas e a atendente parecia meio perdida. Não sei se era seu primeiro dia, se ela fora transferida, se brigou com o namorado ou se tava de ressaca. O fato é que a moçoila não sabia me falar da programação da cidade – porque se for pra ver apenas pontos turísticos e monumentos, basta olhar no guia.
Depois de quase uma hora tentando arrancar alguma boa sugestão de passeio, desisti. Peguei minha mochila e rumei para o hotel. Reservei antecipadamente pela internet nesse site aqui e deu tudo certo! O Royal Ettrick Hotel fica um pouco afastado do centro da cidade, o que é a coisa mais chata de lá, e é um pouco difícil de pegar ônibus nas redondezas – então a conta da viagem aumentou por conta das andanças de táxi até o centro. Tirando isso, o local é uma fofura. O casarão é do século 19 e era casa de um embaixador. Logo após a segunda Guerra Mundial foi transformado em hotel e continua assim até hoje. Os quartos são pequenos, mas muito quentinhos, aconchegantes e limpos, ótimos para uma noite de sono depois das batidas de perna. A diária inclui um café da manhã tradicional (ou seja, torradas, bacon, ovos, cogumelos, feijão... bem light, diga-se de passagem). Muita madeira escura, móveis pesados, luminárias com luz amarelada, além de um bar imenso com várias cervejas fazem parte da decoração. Super recomendo se você estiver passando por lá e quer um lugar gostoso sem gastar muito (paguei 80 libras pelas duas diárias).
Aconchegante, barato e quentinho. Vale à pena passar por lá em Edimburgo |
Lendo um dos milhares de folhetos turísticos que arrumei, descobri um passeio pelas catacumbas que ficam embaixo do centro histórico da cidade. Não sabia nada sobre isso, mas o panfleto fala em história ( com H mesmo), fantasmas, torturas, mendigos, bruxaria. O tema perfeito para um rolé inesquecível. E lá fui eu. O fato é que não era permitido tirar fotos lá embaixo (tem que fazer mistério, né gente?... E Fazer a galera pagar o ingresso). Mas valeu à pena. Foi uma hora andando em um lugar úmido, sem ventilação e escuro mas repleto de histórias reais (e é essa capacidade que parece que as “otoridades” por aqui têm, de transformar tudo em turismo e memória, que me empolga, espanta e encanta) que envolviam assassinatos para venda de corpos para a Faculdade de Medicina de Edimburgo durante o século 19, além da existência de ourives, ferragistas e famílias inteiras morando, comprando e vendendo embaixo da terra. O local está muito bem conservado, assim como todos os objetos encontrados por lá – que variam entre sapatos, brinquedos, utensílios de cozinha e trabalho e até uma boneca feita com a sola de uma bota e meia velha.
Bom, reza a lenda que até hoje é possível escutar pessoas conversando e barulhos meio estranhos nos prédios que estão bem em cima do local. Essa, contudo, era outro passeio que eu não quis ter a experiência. De maneira geral o que me espantou foi a verdadeira crença que eles tem em coisas exotéricas e bruxaria. São dezenas de lojas com artigos do tipo, que vendem poções do amor, livros de magia, pinturas célticas. Estas últimas, inclusive, estão por toda a parte, em todas as paredes, como pingentes de brincos, colares, pulseiras, bordadas em roupas, entalhadas na madeira e fundidas em metal.
Mais tarde, em uma lojinha de whiskys (sim, porque ir à Escócia sem este souvenir original é até pecado) encontrei duas brasileiras descobrindo o velho continente. Conversa vai, conversa vem, trocamos telefones e marcamos de sair à noite. Primeira parada: um bar chiquérrimo e lindo na parte nova da cidade. Mas isso já é conversa para amanhã.
Demais!!!!!!! Mistério, fantasmas bruxarias.... prefiro passar longe desssas catacumbas..
ResponderExcluirbj mana
ehehehe essa região se não me engano é o berço da Wicca, por isso essa influência ^^
ResponderExcluirMaicon, bom saber disso...realmente há várias referências ligadas à bruxaria em todos os lugares por lá, não apenas na venda de artigos do tipo, mas nos próprios prédios, na arquitetura do local com a inclusão de vários símbolos (como pentagrama) na fachada dos prédios e tudo mais... =)
ResponderExcluirBaby, eu também não quero chegar mais perto de lá.... uma vez já tá bom! rsrsrs bjs
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