Pé direito com 15 metros, piso trabalhado em pastilhas com um desenho do imperador Alexandre, “O grande” (não, não é o jogador de futebol. Alô aula de história!), lustres de cristal com quase dois metros de altura, luzes amareladas, um bar no centro do salão todo entalhado em mogno do século 18. No alto, uma cúpula com cinco metros de diâmetro. O chão do banheiro coberto de mármore branco em placas de um metro, espelhos com alto relevo de folhagens, louça em porcelana preta, papel de parede vermelho com flores em tons de amarelo, rosa, laranja. Nada mal para o início de um sábado à noite, não? Esta é “A cúpula”, ou, “The Dome”, um dos bares mais incríveis que tive o prazer de conhecer.
Erguido no século 18 como prédio de uma sociedade de físicos, logo foi vendido para o Banco Comercial da Escócia – tornando-se sua sede até 1995 mais ou menos. Desde então, surgiu o imponente “The Dome”. O bar é, na verdade, uma mistura de bar, café e um restaurante, mas nada de suruba! É tudo muito bem organizado e separado em ambientes reservados – salas de jantar privadas, jardim para um café à tarde, almoço no salão principal. Gente, é incrível. Estou aqui tentando descrever para vocês mas simplesmente não consigo organizar minha cabeça em uma lógica que consiga-lhes passar o tanto que fiquei sem fôlego com lugar. Só indo lá para conferir. Me desculpem, minhas habilidades jornalísticas me deixaram na mão desta vez.
The Dome |
The Dome é perfeito para umas bebidinhas antes da balada do sábado à noite (e acredito que deve ser ótimo ao longo do dia também). E apesar de toda finésse, os preços são bem acessíveis, o que me deixou ainda mais feliz. Por lá você vai ver muita gente bonita, elegante e com conversas interessantes, do tipo que preferem reuniões íntimas que uma grande festa na melhor boate da cidade.
Contudo, como a gente é da farofa, depois de toda a bonança vem a tempestade, é claro. E, neste caso, o burburinho foi em uma boate chamada “The Opal Lounge”. O que me deixou contente foi estar em um local com uma faixa etária semelhante, menos E.T, portanto. Sim, porque por aqui E.T parece que a gente sempre vai ser. As mulheres aqui parecem sempre ter saído de uma sessão de peeling, juro. Não sei como, ou o motivo porque as moçoilas estão sempre com a pele avermelhada na balada. Mas é uma cor que machuca só de olhar, um negócio meio repuxado e cor de tomate. Já sei, combinação entre peeling e botox duas horas antes de cair na farra. Os cabelos sempre no estilo “ninho”, a maquiagem como se tivessem 60 anos e quisessem parecer 40 anos mais jovens. Horrendo. As roupas são outro departamento. Dizem que as brasileiras são pervertidas, contudo, nada se compara às britânicas. Elas congelam na fila a uma temperatura de 5 graus com micro vestidos que mal cobrem a bochecha da bunda. Juro.
Sabe, não foi de todo mal a festa. Tirando meu depoimento ranzinza, a boate era muito bacaninha e a música ótima pra se jogar e fazer passinhos coreografados (do tipo Lady Gaga ou até Britney Spears). Uma verdadeira noite de nostalgias da adolescência. A iluminação é em cores fortes de rosa, verde e azul e, além da pista de dança (que, por sinal, tem o ponto negativo de ser suuuuér abafada) há uma área bem grande para o bar, com várias mesinhas e sofás. Além disso, para os afortunados, é possível reservar uma das salas v.i.ps para festinhas com até 30 convidados e atendimento exclusivo de garçons e bar. Mas, aí, enquanto a gente não ganha na mega-sena como a Griselda, a gente fica super feliz com a cervejinha no meio da muvuca!
Ah, se quiser saber mais sobre o The Dome, o site deles é esse aqui, ó. Já o da The Opal Lounge é esse. Vale à pena!
E amanhã tem mais Edimburgo!
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