quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Please, don´t stop the music! Stop Rihanna!


Ela é pop. Ela é famosa no mundo inteiro. Ela rebola freneticamente e tem um sex-appeal que faz as demais mulheres do mundo quererem ter aula com ela. Ela é camaleoa. Ela canta afinado. Mas ela não dança bem, ela não é diva. O problema é que ela nunca chegará aos pés de Beyoncé (em quem ela já falou se espelhar), por exemplo, que além do corpo escultural, tem um vozeirão que faz qualquer ginásio tremer e acompanha coreografias inusitadas e praticamente impossíveis - cantando sem perder o fôlego. Não é que a Rihanna seja ruim, ela é apenas mediana. E dificilmente irá passar disso.



Então esses dias resolvi ir a um show da moçoila pelas bandas de cá (e é claro que a gente não deve nem pensar em perder a oportunidade de ir a esse tipo de evento que, no Brasil, custa o triplo) e confesso que estava empolgada, afinal, quem é que não conhece o interminável "Please, don´t stop the music" ou o "under my umbrella, ella-ella-ella-ê-ê-ê"?! Mas devo admitir: esperava mais (da cantora, não do show em si). O nome da turnê é autoexplicativo: loud (alto, em inglês) e barulho é o que não falta nos quase 120 minutos de apresentação. Para começar, são quatro imensos amplificadores (com uns três metros de diâmetro) que se movimentam por todo o palco e reproduzem, entre outras, imagens da performance. 


Visualmente é um espetáculo surpreendente: chão com esteira móvel de 20 metros de comprimento, plataformas suspensas no ar, pirotecnia, fumaça e até um canhão rosa pink. Ela se esforça para animar a plateia e é visível que todo mundo se esbalda durante os maiores sucessos ou todas as vezes que aparece com figurinos minúsculos e danças provocantes (com direito a póle dance e simulação de uma orgia com os bailarinos), mas não passa disso. A voz é afinada, claro, o show é totalmente ao vivo e nada de playback (ponto!), contudo a gente sai com a sensação de que falta algo. Falta ousadia na voz. Falta se arriscar por notas mais graves ou tons mais agudos (falta de capacidade?), falta acompanhar os bailarinos nas coreografias mais difíceis e cantar sem perder o fôlego, falta um algo a mais. Não que ela seja ruim, já falei, é medíocre. Normal. Não uma diva. 


Em alguns momentos ela até tenta: primeiro em uma performance de bateria e segundo, voz e violão. Ambos bem ensaiados, metódicos, pausados.  É como se fosse um bem-te-vi que tenta ser um rouxinol com uma plumagem de pavão.O problema é que ela se vende demais como "sexo", o que parece ser uma maneira de atenuar algumas limitações vocais, mas o que  talvez não se lembre é que em meio a tantas fantasias é possível se perder. Na verdade, acho isso tudo muito curioso porque ela começou a carreira com uma sensualidade normal, contudo, após a historia de violência com o ex-namorado transformou sua imagem da "vizinha sexy" em "furacão de volúpia". Sei não, às vezes isso tudo me parece necessidade de auto-afirmação. E é preciso "high loud" para se manter sempre sob os holofotes, mesmo que a voz passe a ser apenas um complemento do corpo. 

Então fica aí com mais umas imagens da "Loud tour" e anota a dica (ou a advertência) no guia de viagem! 


E amanhã tem mais
=*

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