segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Onde comprar e comer bem em Dublin

O melhor de Dublin são os Dublinenses, isso é fato. São os mais brasileiros encontrados até então no continente gelado. Só para se ter uma ideia, no trajeto aeroporto-hotel, arrumamos um taxista guia-turístico que além de nos dar várias dicas da cidade, nos contou sua história toda; onde nasceu, como é a vida em Dublin, como é sua família. Além disso, ao chegar ao hotel nos ajudou a descarregar as malas (uma raridade por aqui!) e ainda nos deu as direções para o centro de apoio ao turista mais próximo. Tudo isso com muita simpatia, sorriso e bom-humor! 

Como amante de brechós (alguém mais adora comprar peças únicas por preços bacaninhas? Eu sou louca por brechós, ainda mais pela Europa, em que as roupas não cheiram a naftalina, não estão descosturadas ou rasgadas e ainda é possível encontrar raridades como Channel, YSL, LV. E vou falar, eu enlouqueço muito mais com uma bolsa YSL dos anos 1980 que uma da última coleção!), uma das primeiras coisas, foi saber onde poderia encontrá-los e, a resposta foi automática: Temple Bar. Diferente do que o nome possa sugerir, não é um bar, mas um bairro inteiro com lojas, brechós e ótimos restaurantes. Combinação perfeita para um passeio "mulherzinha", não?! 

A dica é deixar esse passeio para o final do dia, quando o movimento nas ruas é maior, os cantores estão nas ruas, os bares e restaurantes a pleno vapor. E não se preocupe que as lojas ficam abertas até por volta das 21 horas, então dá tempo de fazer muita coisa! Antes disso, a dica são alguns museus super divertidos (porque chega uma hora que a gente cansa de ver quadro, peças antigas, múmias, etc,etc, né não?)! O primeiro é o National Leprechaun Museum (dá para acessar o facebook deles também), que conta a história por traz da lenda do senhor mágico que está ao final do arco-íris com um pote de ouro. Além disso, totalmente interativo, nos faz passar por ambientes que retratam a lenda e os ambientes pelas quais ela se passa (o arco-íris, uma floresta encantada...). Ótimo programa para as crianças (até mesmo as adultas, como eu!)! Para se ter uma ideia, o passeio começa em um túnel mágico que deixa todos os visitantes com a altura do Leprechaun. E para ter certeza, basta conferir as imagens abaixo. Que tal um sofá desses no meio da sua sala? 



Para continuar a diversão com a garotada, outra pedida é correr para o Wax Museum (a uma quadra do tradicionalíssimo  Trinity College, outro ponto de visitas turísticas). A entrada é paga, mas tem desconto caso você apresente a passagem do ônibus verde. Ao estilo do famoso Madame Tussauds, o local expõe diversas esculturas em cera; a diferença é que a grande maioria é voltada à personagens famosos da história irlandesa (muito bacana isso de exaltar a história, né?! No caso desse pessoal, parece que está muito ligado à autoafirmação como país, já que durante séculos fizeram parte do Reino Unido); como escritores, esportistas, músicos (e é claro que não poderia faltar o U2), cientistas e personagens lendários. Atenção hipertensos e crianças: não visitem a ala do terror; é realmente terrível. Há cenas de filmes de terror retratadas em cenários fieis e, talvez, a mais aterrorizante seja a que reproduz uma cena do "Silêncio dos Inocentes" (aquele em que o cara mata as mulheres para tirar suas peles e fazer uma roupa). O negócio é que o poço está lá, à esquerda, e o "cara" está na mesa, trabalhando em seu traje. Ao fundo, uma mulher grita por socorro e chora e, de repente, ele se vira para você com a cara desfigurada, em um sinistro "Helloooo"... A reação? Correr, gritar e, depois, rir do susto bobo - mas inevitável. 



Outra surpresa boa é o National Museum of Ireland, fundado em 1877. Afastado do centro da cidade, boa opção para chegar lá é utilizar os ônibus verdes, Hop-on Hop-off (aquele do entra-e-sai quantas vezes quiser). A entrada é gratuita e o local é enorme, portanto, vá com muito tempo se quiser conferir todas as alas e galerias. O foco do museu são as artes decorativas e objetos de história; então dá para conferir a evolução da moda na Irlanda (sim, soa meio estranho, mas interessantíssimo ver peças de vestuário do século 17 comparadas a coleções de 2002, por exemplo). Além disso, são diversas louças, joias, cristais e pratarias de séculos distintos e ambientes inteiros reproduzindo o mobiliário tradicional do século 17 até 1960; um ao lado do outro; o que nos dá a possibilidade de vermos as mudanças em cada estilo: os materiais utilizados, recortes nas madeiras, voltas ou angulações, rebuscamentos ou traços retos. Infelizmente, pessoal, fotos são proibidas lá dentro (bem como tocar nas peças), mas nem por isso a gente deixa de fazer o registro de trazer um gostinho para vocês! 






Depois dessa andação toda, a gente volta para o centro (e para o início do texto) e aproveita o programa mulherzinha de compras, boa comida e fofoca. E tem coisa melhor quando a companhia é a melhor possível?! ;) 

E aí, deu vontade?

=* 
E amanhã tem mais Irlanda! 

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