Acho que poucas vezes me abri por aqui. O que vocês sempre veem são uma série de aventuras e descobertas de lugares não-tradicionais, não é?! E isso é ótimo. Porque a viagem só vale a pena quando a gente consegue descobrir o novo, o inusitado. E morar fora do país é uma descoberta constante. Contudo, sei lá, hoje acordei meio deprê. Acho que tristeza tensão pré-embarque para voos internacionais, sabe? Por mais que você confie na aviação mundial, sempre dá um medinho. Para completar, essa noite sonhei que o avião que estava tinha sido sequestrado, mas não sei como foi o final da estória, acordei meio assustada.
E parece que ando meio assustada.
Morar fora sempre foi um sonho, aquele negócio de "liberdade", "autodescoberta", sabe? E eu decidi juntar meus trapinhos e ir para o velho continente também porque estava passando meio que por uma crise existencial. Queria mudar. Respirar coisa nova. Decidir. E não me arrependo, de maneira alguma. Mas não é fácil. Só quem mora lá do outro lado sabe que por trás de cada foto linda existe um vazio de saudade e lágrimas que a gente chora desejando compartilhar cada momento com quem a gente ama. Só quem mora fora sabe que por mais quente que seja o casaco de inverno, o coração fica frio. Só quem mora fora sabe, realmente, a dor e a alegria de ser quem é e da decisão que tomou.
Semana que vem embarco de volta ao velho continente e estou com medo. O calor do Brasil aquece a alma da gente. Estar com quem a gente ama é o melhor cenário para qualquer foto, o melhor sorriso para o mais belo registro. Eu sei, gente, sei que foi uma opção que traz um crescimento pessoal imenso (esses dias inclusive brinquei com uma amiga que depois dessa temporada de autorreflexão nunca mais vou precisar de psicólogo nenhum para desabafar...risos), mas isso não significa que não seja sem dor. "Mas do que você tem medo?", vocês devem estar se perguntando. Eu sei que o Brasil estará sempre aqui, mas o que mais me amedronta é a distância. Porque ela fortalece ou acaba com tudo. E sabe, nessa primeira temporada acabei me decepcionando com pessoas que eu amo e que são parte de mim, costuradas no meu coração, e optei por tentar passar por cima e tentar levar as coisas adiante com o coração leve e um sorriso no rosto. O problema é que eu nunca fui o tipo de pessoa que consegue conviver com mentiras, inverdades, meias-verdades. Ou é tudo, ou é nada. E se for para mentir, que seja nada. Então, no meio de todas essas dúvidas, me pego perguntando "será que fiz a escolha certa?", "só eu me sinto assim?" (gostaria muito de saber a opinião de vocês, porque nesses momentos turvos qualquer ajuda é bem-vinda).
Enfim, a Europa está lá (quase ali, na verdade). Linda, pronta para ser registrada em belas fotografias. Fria, pronta para que tiremos do armário os casacos mais elegantes. Contudo, solitária, porque só quem já deixou de passear, sabe a saudade que pode se esconder por trás de tanta coisa bonita.
Me desejem boa viagem,
Um beijo e voltaremos em breve com novas aventuras e um sorriso no rosto!
LInda....
ResponderExcluirótimo o seu desabafo.... mas nada de medinho não.... vamos em frente, o Trem da Vida está sempre andando e em movimento. Neste momento, vale muito fazer o jogo da Polyanna, pensa só nas muitas descobertas, aventuras e aprendizados que vem por aí...Força, fé , coragem... sei que tudo isto tens o bastante para não recuar. Bora lá.
Tenho muito orgulho de você, super beijo. AMO-TE
Manhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhheeeeeeeeeeeeeeeee
Vamos em frente sempre, manhe! :)
Excluirte amo tbm,
Esse foi um post muito sincero, acho que esse tipo de post vale mais a pena... Esse medinho é normal, falta uns 11 meses pra eu viajar e to me sentindo bem insegura já.. Mas mesmo a dor e a saudade vale a pena a realização desse sonho!!!
ResponderExcluirBeijos, Boa Sorte!
Oi, Thaís! Obrigada pela visita e venha sempre!
ExcluirVou tentar me abrir mais, realmente me senti mais aliviada.
Boa sorte na sua jornada também e que sua aventura seja tão instigante quanto a minha! :)
bjs