Certo dia, olhando um guia turístico da Inglaterra, me deparei com a imagem do prédio abaixo. Arquitetura cheia de influências orientais, prédio branco-mármore, pier com um parque de diversões enorme adentrando cem metros no mar e clima tipicamente anos 60. Pronto, a justificativa perfeita para mais uma aventura na praia em pleno inverno europeu! Brighton tem hoje uma das maiores comunidades brasileiras na Inglaterra, além de ser um dos grandes destinos GLS do país. É tudo muito movimentado, colorido, festivo, quase como o carnaval brasileiro - e, por sinal, a cidade possui uma forte tradição de desfiles carnavalescos. Mesmo no século 21, a conserva a aura saudosista do chiquérrimo balneário inglês, destino das famílias mais tradicionais e abastadas até a metade do século 20. Há 2 horas de trem ao sul de Londres, a arquitetura renascentista com praças encrustadas de frente para o mar é um espetáculo à parte e já nos deixa com vontade de olhar os classificados de qualquer jornal. Além de um enorme aquário marinho (que atualmente está fechado para reforma), não deixe de visitar as duas principais atrações: o pier e o Royal Pavilion.
Royal Pavilion, palácio construído pelo então futuro rei George IV, sede de festas memoráveis e marco da cidade- balneário |
Gente, Brighton é aquela cidade em que você quer tirar foto de cada poste de luz. A atmosfera e as pessoas são super receptivas e o que não falta são restaurantes charmosos a preços bem convidativos de frente para o mar. Além disso, não deixe de passear na parte baixa do calçadão. Há parquinhos para as crianças, pistas para patins, skate, bicicleta, bem como pistas para caminhada e corrida. Vá em direção ao pier e se delicie com restaurantes de frutos-do-mar fresquinhos, além de dezenas de lojinhas com produtos manuais um mais lindo que o outro.
Local de artesãos, o problema é controlar a carteira para não sair comprando todos os souveniers. Um mais fofo que o outro! |
É o local de artesãos, pintores, escultores, músicos e todos os tipos de artistas locais. Ah, e as lojas são uma fofura, como que esculpidas na parte de baixo da grande avenida beira-mar: são rebuscadas, cheias de detalhes no cimento, um convite à apreciação e ao deleite enquanto se saboreia um café bem quente (ou um sorvete, para quem for corajoso). Saunas em cabines de madeira, para uma pessoa, também estão distribuídas ao longo da orla. Mais anos 60 impossível! À noite, o local não pára e dezenas de bares e boates estão abertos para quem quer diversão até o dia raiar.
A Sala dos Banquetes fonte: brighton-hove-rpml.org.uk |
A entrada é paga (9,80 libras para adulto e 5,60 crianças entre 5 e 15 anos); mas vale cada centavo. O palácio foi construído por volta de 1787, mas passou por diversas transformações até 1820, quando George IV, então príncipe de Wales, foi nomeado rei. Antes de se tornar o supremo governante do Reino Unido (e depois também), o moço era, digamos, um "fanfarrão". E Capitão Nascimento nenhum conseguiria colocá-lo na linha. Famoso pelas festas que duravam dias, pelas amantes constantes e diversas, o palácio se tornou a sede de todo esse entretenimento real. À época, o pedido do rei era para que o palácio fosse símbolo de conforto, opulência e tecnologia; peças de mármore, pedra-sabão e pinturas em ouro foram trazidas da Holanda, Índia e diversos outros países. Até a metade do século 19 os monarcas e suas famílias frequentavam o local; contudo, devido à assunção ao trono da nova rainha Victória (adepta a um estilo mais "modesto"), o local deixou de ser utilizado como sede da família real em Brighton e, inclusive, planos de demoli-lo foram traçados. Durante a primeira guerra mundial, serviu de hospital para soldados ingleses e indianos e somente depois do combate a primeira restauração aconteceu. De lá para cá, foram muitas (inclusive atualmente), em 1975, por exemplo, um incêndio destruiu parte do salão de música, o que levou a seu fechamento até 1986, para reconstrução. Apenas um ano após a abertura, uma forte tempestade destruiu todo o teto do local e a sala novamente precisou ser fechada.
Com uma vista dessas, quem se importa com o frio e as quedas na pista de gelo? |
Fashion e Style Gallery fonte: brighton-hove-rpml.org.uk |
No inverno, uma enorme pista de patinação e restaurante são montados nos jardins, e a dica é terminar o dia por lá, após a visita aos aposentos reais e toda ostentação da era pré-vitoriana. Logo ao lado, vale a visita ao Brighton Museum and Art Gallery. A entrada é franca e para quem gosta de peças de design é o local perfeito! Há uma exposição permanente sobre o design de móveis ao longo do século 20 e a brasileirada está muito bem representada pelos famosos irmãos Campana. Outro destaque é a Fashion & Style Gallery, também permanente, com a evolução da moda desde o século 18 e exposição de criações de tradicionais marcas; além dos principais estilos de vestuário a partir de 1980. Imperdível é também o Brighton Dome, o mais tradicional teatro da cidade, bem ao lado do museu. Fique atento à programação, porque por uma bagatela de algumas libras, em um domingo à tarde, é possível ter o prazer de acompanhar uma apresentação da Orquestra Sinfônica de Brighton.
E depois de tudo, uma boa noite de sono nos espera no hotel; porque amanhã é dia de ir à praia! Enquanto isso, confere algumas imagens do ensolarado final de semana de inverno no litoral! É ou não é de sonhar? Cadê os classificados?!
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E amanhã tem praia!
=*
Lyssa.. amei seu post e todos os outros...
ResponderExcluirmas precisava botar essa foto em que to toda descabelada?????
e a parte das quedas foi indireta pra mim, né????bjos
saudades
inge S2 <3
Está descabelada mas está linda!
Excluirbjs, baby,
saudades! S2